Um homem alto, loiro, olhos azuis, entra na esquadra e dirige-se ao polícia
em serviço (esquadra da Damaia):
- Vim entregar-me Sr. Guarda, cometi um crime e desde então não consigo
viver em paz!
- E que crime cometeu? - pergunta o polícia, enquanto tira as algemas do
cinto e se dirige prontamente para o homem, já a pensar na promoção de
prender mais um vigarista.
- Atropelei um preto numa estrada na Cova da Moura...
- Ora meu amigo,como é que o Sr. se pode culpar, se estes pretos
atravessam as ruas e as estradas a todo o momento?
- Mas ele estava no passeio.
- Se estava no passeio é porque queria atravessar, se não fosse o Sr. seria
outro qualquer. São azares da vida ou mesmo o destino. Já agora,como está
o carro?
- O carro está bem, mas não tive nem a hombridade de avisar a família
daquele homem, eu sou um assassino!!!
- Meu amigo, se o Sr. tivesse avisado haveria manifestação, repúdio
popular, repressão, pancadaria e morreria muito mais gente! Sinceramente
acho o Sr. um pacifista.
- Mas eu enterrei o pobre homem ali mesmo, nabeira da estrada...
- Que grande humanista! Enterrar um preto é de benfeitor, outro qualquer
abandonava-o ali mesmo, para ser comido pelos bichos!
- Mas enquanto eu o enterrava, ele gritava: Estou vivo, estou vivo!
- Mentira, mentira! Esses pretos mentem muito...
em serviço (esquadra da Damaia):
- Vim entregar-me Sr. Guarda, cometi um crime e desde então não consigo
viver em paz!
- E que crime cometeu? - pergunta o polícia, enquanto tira as algemas do
cinto e se dirige prontamente para o homem, já a pensar na promoção de
prender mais um vigarista.
- Atropelei um preto numa estrada na Cova da Moura...
- Ora meu amigo,
atravessam as ruas e as estradas a todo o momento?
- Mas ele estava no passeio.
- Se estava no passeio é porque queria atravessar, se não fosse o Sr. seria
outro qualquer. São azares da vida ou mesmo o destino. Já agora,
o carro?
- O carro está bem, mas não tive nem a hombridade de avisar a família
daquele homem, eu sou um assassino!!!
- Meu amigo, se o Sr. tivesse avisado haveria manifestação, repúdio
popular, repressão, pancadaria e morreria muito mais gente! Sinceramente
acho o Sr. um pacifista.
- Mas eu enterrei o pobre homem ali mesmo, na
- Que grande humanista! Enterrar um preto é de benfeitor, outro qualquer
abandonava-o ali mesmo, para ser comido pelos bichos!
- Mas enquanto eu o enterrava, ele gritava: Estou vivo, estou vivo!
- Mentira, mentira! Esses pretos mentem muito...
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